Apontamentos da noite

Ser a Maria José Valério deve ser uma seca. "Olha a Maria José Valério!", "SLB SLB SLB SLB SLB, glorioso SLB glorioso SLB", "Sporting! Sporting!". Pela amostra dos 10 minutos que tive, deve ter sido a noite toda nisto.
Pensei que ia morrer numas escadas ou que ficava lá o resto da noite. Apertadinha, apertadinha.
Não tenho jeito para multidões. Com esta minha maneira de ser, delicada, acabo sempre por perder algum amigo de vista.

Os miúdos de hoje estão cada vez mais iguais.

O resto foi o de sempre. Caldo verde (sem chouriço! Triiiiste), muitas febras, entremeadas, sardinhas, para quem gosta, e sangria boa e fresquinha. Calor. Cantar e dançar no meio da rua e com toda a gente. Percorrer Lisboa e andar por aí, muito. Encontrar e desencontrar gente conhecida. Recarregar energias e ganhar forças para a subida de regresso na porta do prédio mais próxima com degraus. Voltar, devagarinho, muito devagarinho, e aperceber-me da grande dor de pés que tenho do baixo, cima, baixo que houve.

Faz falta não haver mais noites como esta. Para o ano há mais.