Isto também não é fixe

Não bastava ter como castigo recusar convites daqueles irrecusáveis, ficar fechada em casa a estudar com o tempo que está e ainda por cima sem ter vontade de o fazer? Parece que não. Ainda tive de ficar doente.

Doí-me a cabeça, o pescoço, os ombros, os braços, as costas, o rabo e as pernas. Acho que fui atropelada por um camião TIR. Ou não. Afinal não me lembro de tal, nem em sonhos. Talvez a culpa seja mesmo da gripe. Atropelamento não deve dar febre.

Mais alento

Inconscientemente a minha mão trocou a lapiseira pelo rato do computador, os meus olhos as folhas de papel pelo monitor. Dei por mim a ver fotografias do verão passado. E a rir. E a recordar bons momentos. E a perceber que conheço pessoas tão boas em todos os sentidos. E a sentir o quanto gosto dos meus amigos. E o bem que me fazem. E que são do e o melhor que há.

Um horóscopo diferente do habitual. Previsões que passam por conselhos à base de pensamentos e frases sábias. Gosto.

Fácil, fácil

Génio da lâmpada mágica, tu ouve-me BEM e com muuuuuita atenção.

Tenho três desejos para o mês de Junho. Não tens de te esmerar assim tanto, são todos bastante fáceis de concretizar. Por isso, pensa bem no que me vais fazer. Tu vê lá...

1. Fazer o meu último exame dia 17.

2. Dar guarida ao bom tempo até ser a devida altura de o ver regressar ao hemisfério de baixo.

3. Ter este belo biquini à minha espera no roupeiro só até o desejo 1 e 2 se concretizarem.

Obrigada.

Trocar amigos por livros não é fixe

Só espero que esta escolha forçada valha a pena. Espero mesmo.

Mas sabem do que realmente vou ter saudades?

Das horas (dias) de descanso que tinha só porque simplesmente me aptecia e dos fins de semana de três ou quatro dias que conseguia arranjar sem ter de faltar às aulas.

Nunca pensei

Se por um lado estou feliz, um feliz a atirar para o alivio, por outro estou saudosa.
No meu ÚLTIMO dia de aulas percebi que afinal até vou ter saudades de 2 ou 3 momentos passados na faculdade e que fico triste por deixar 4 ou 5 colegas (e amigos), 3 ou 4 professores e as suas aulas, 1 ou 2 funcionários e ainda os senhores e senhoras do café EL REY.

Estas coisas deixam-me sempre com o coração apertadinho. Principalmente quando penso que algumas delas dificilmente volto a ver.

Para quatro anos é muito pouco aquilo que quero realmente guardar na memória e recordar com carinho e com um sorriso, eu sei. Mas acreditem, é mais do que estava à espera.

Desconfio

que o meu endereço de e-mail está escarrapachado na porta da casa de banho de uma comunidade africana.

O desespero de uma mãe e um rolo que termina quando não deve. O resultado não podia ser outro

- Mãe, e se trabalhasse à noite? É só duas ou três vezes por semana e ganha-se relativamente bem. Dava para juntar umas moedinhas e deve ser giro.
- Vais conseguir arranjar um emprego que gostes. Vais ver. Não penses nisso.
- Não estás a perceber, mesmo assim. Era tipo um part-time ou segundo emprego.
- De vez em quando lembraste de cada coisa. Está calada. Por mim não vais.

A conversa ficou por ali, pensava eu. Não estava convencida e ela, no fundo, sabia, mas como não havia mais a dizer...

5 minutos depois, quando estávamos prestes a sentarmo-nos à mesa para jantar, os da casa e a visita, a mãe chega à sala de rolo de papel higiénico na mão, pronto para ser pousado ao lado dos pratos.

- Até a desorientei!

A mãe fez silêncio. As outras pessoas sorriram e concordaram com um simples abanar de cabeça.

Resultado final: gargalhada geral.

Volto daqui a dois minutos

Vou só pôr fita adesiva na boca do coração para conseguir ouvir a razão (e ver se não faço asneiras). Até já.

Noites atribuladas

Sonho muito. São raras as vezes que não me lembro do teor dos meus sonhos ou pelo menos parte deles. Estranho quando acho que a noite passou sem ter tido uma única aventura.
Quando acordo sei perfeitamente o que sonhei. O que acontece muitas vezes é que o dia passa e o sonho vai passando também da minha memória. Depois há cenas que vou relembrando com algumas associações que faço. Outras são tão caricatas que por mais que perca os pormenores a essência fica.

Numas noites anteriores sonhei com uma coisa que tenho medo que aconteça na realidade. Estava tão amedrontada que cheguei ao cúmulo de pensar "Ainda bem que estou a sonhar, quando acordar é tudo mentira".

Na noite passada estava eu "muito bem" sentada com um individuo do sexo masculino, que por alguns motivos já não vejo a algum tempo e cuja a identidade não vou revelar, a meter a conversa em dia, quando ele começa a ficar com um ar estranho. Assustada, perguntei:
- Está tudo bem? Sentes-te bem?
- Não sabes, mas desde a última vez que falámos descobri que sou almoço-maníaco.
- És o quê? Isso é grave?
Fez-se silêncio. Não obtive resposta.
Estava cada vez mais estranho. Fixava mais e mais o olhar. Ia-se debruçando sobre a mesa, aproximava-se cada vez mais... Até que olhei para o relógio. Eram 12h30. Olhei novamente para ele, pensei no que me tinha dito, "Sou almoço-maníaco. Sou almoço-maníaco. Sou almoço-maníaco. Sou almoço-maníaco...". Levantei-me e disse:
- Tenho de ir. Vamo-nos vendo por aí! (Até nunca. Pensei.).

Valeu a risada da mana quando lhe contei que o ... me queria comer.

Ódio de estimação

Quem diria que uma rua tão bonita leva a um sitio tão feio!?

Sou uma fraca de coração mole :)

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Elas olharam para mim...

Eu olhei para elas.
Elas piscaram-me um olho...

Eu pisquei-lhes o outro.
Elas sorriram...

E eu não resisti.

O lado estranho de ter um blogue

Contar alguma coisa a alguém e ouvir:

"Sim, eu sei..." (Sabes? Sabes como? - Penso enquanto faço uma careta) "... Li no teu blogue."

M-E-D-O

Não é a primeira vez, nem tão poucas são as vezes que dou por mim, perdida nos meus pensamentos, a sorrir, a cantarolar, a fazer caretas, a chorar, a suspirar, a dizer em voz alta palavras em jeito de conclusão ou desabafo. Seja em casa, na rua, sozinha, acompanhada. Estando feliz, bem disposta, triste, preocupada, ansiosa.

Há sentimentos:

Turistas - Gostam de tirar férias. O destino preferido é o 'Haivai'. Na maioria das vezes não voltam, ficam mesmo por lá.

Boomerangs - Adoram andar num vai e vem. Vão e voltam, voltam e vão...

Independentes - Seguem o seu caminho sem dar conversa ou confiança. É difícil senti-los.

Camaleões - Andam disfarçado e passam despercebidos aos mais distraídos.

Bailarinos - Balançam e fazem-nos balançar com eles.

Humanos - Nascem, (crescem) e morrem.